domingo, 14 de novembro de 2010

Errata. Ou não.

Descobri que inverti os papéis na estorinha anterior. Aqui está a original: http://cljparoquiasaojose.blogspot.com/2010/07/o-barbeiro-e-deus_18.html.

Parece até que eu manipulei para privilegiar o meu ponto de vista. Parece? Isso não altera a moral da história, que ressalta o benefício de bondade infinita a todos aqueles que crêem no todo-poderoso. E isso acontece? Olhe para todos que acreditam no Senhor. Olhe para o percentual de crentes encarcerados. Olhe para o número de doentes que morrem não obstante a persistência na fé. Podem argumentar que lhes faltou uma colherada, mas só me contento quando inventarem um "pistisômetro" (precisei do neologismo agora; πίστης, pistis, significa fé em grego). E mesmo assim, fé em alguma coisa não prova a existência dela. Acreditar em unicórnios os torna mais prováveis?

Na prática, Deus é um barbeiro à la Sweeney Todd, cortando a garganta dos infelizes. Basta lembrar das ordens supremas que Josué recebeu: degola sem hesitação. Com a ressalva do cardápio, pois o Senhor não serve torta. Só churrasco.


Pietro Borghi

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