quarta-feira, 4 de abril de 2012

Existence, Will and Symbol

What exists? It is that which affects. That which affects can only affect or be affected by other components of existence, and each is proof to the other. There is no unconditional, no beginning, no contingent, no ending. All of those are concepts come from a sense of responsibility only developed in the mind, and we thus ascribe a causal value to events that have their action in fact shared by all elements involved. There is no action, only interaction. To think of an agent as somewhat unaffected by its receptos is to ignore the very existence of that agent.
Life is the utmost expression of existence, for its determination is to keep existing, nothing else. Indication of that is found in the animal humour: satisfaction or frustration are responses to power or lack thereof to affect the world — to exist.
What drives to power — the affirmation of existence — is the will, thrusting the individual into proving his existence through action. There arises the sense of responsibility, there emerges the idea of primacy in which that who affects can remain unaffected. The more one expresses his will and is able to maintain his integrity, the more satisfied he will be.
The purpose in existence is its reaffirmation. A transcendental cause would not suffice, as conditioning the existence of something to the will of something else leaves the purpose of that superior will unexplained and unexplainable.
The forming of symbols, giving rise to culture, work to approximate individuals, always pursuing the efficieny in existing. Symbols cannot take over and alter the need to affect, since all symbolism comes ultimately from will and as such can only aim to continuously prove its existence. To continuously prove its ability to affect.


Pietro Borghi

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vida sem Cu

Vou contar agora o que há de terrivelmente errado na vida, caminhante. Primeiro, uma explicação sobre a natureza humana. Ainda antes dessa explicação, um esclarecimento sobre a diferença entre objetivo e propósito. Normalmente eu esperaria que todos soubessem qual é a diferença, mas o que há de terrivelmente errado na vida me deixou completamente sem esperanças.

Um objetivo é o resultado pretendido de uma tarefa. Planeja-se e se constrói a cadeira (lamento inserir um exemplo assim tão súbito; acalma-te porém, isto é de fato um exemplo); esta é a tarefa. A cadeira é construída, logo se tem uma cadeira; este é o resultado. Este resultado, advindo do processo de construção da cadeira, dá a ele o nome de objetivo. Mas ainda tu me perguntas, “para que foi construída a cadeira? Onde está o propósito?” Ah, rapaz! No teu cu, evidente. Por tua necessidade em sentar ela foi feita, bípede implume.

Uma observação didática: será muito fácil acompanhar esta linha de pensamento caso a maneira maiêutica de ensinar te seja conhecida. Caso não seja, será ainda mais fácil.

Agora que o conceito de propósito — função do resultado da tarefa — e o conceito de objetivo foram compreendidos, a outra explicação seguirá.

Humanos existem. E essa existência consiste no quê? Em matéria. O que prova a existência da matéria? Sua faculdade de afetar outros pedaços de matéria; seu poder de mudar algo. A natureza humana consiste em dois estados: satisfação e insatisfação. Um animal — um mineral, quem sabe? — se sente satisfeito quando sua vontade concorda com o mundo, e a maneira mais segura de consegui-lo é mudando as coisas.

Ela, a satisfação, advém pois da realização de uma tarefa, contanto que — e aqui começa este texto a ter algum sentido — essa tarefa obtenha algum propósito. A obtenção dele é a prova da existência do homem; o espelho de seu ser tomando forma através de suas mãos.

A existência que levas, ao contrário, é uma de pouca responsabilidade. Basta a ti aceitar as consequências de caminhos pavimentados. Caminhante, não há pegadas! Sonâmbulo, dormiste e seguiste sobre o trilho e os dormentes. Escolhes entre caminhos que conduzem invariavelmente para o mesmo destino. Levas uma vida de trilho, de caminho pronto. Não, não isso! Antes, não levas tua vida; ela te leva, outros te levam! Aquilo para o que trabalhas não te oferece propósito algum; tuas tarefas preenchem as horas e esvaziam os dias.

O que há de terrivelmente errado na tua vida, caminhante, é o que ela se tornou:

Um objetivo sem propósito.

Uma cadeira sem cu.


Pietro Borghi

Arschloses Leben

Werde ich Ihnen doch erzählen, was ist so schrecklich falsch im Leben. Zuerst, eine Erklärung um die menschliche Natur. Noch vor dieser Erklärung, sieht es mir eine Erläuterung über den Unterschied zwischen einem Ziel und einem Zweck notwendig aus. Normalerweise, ich würde es hoffen, dass Sie diesen Unterschied schon wussten; das, was ist so schrecklich falsch im Leben, hat mich allerdings ganz hoffnungslos gelassen.

Ein Ziel ist das zugedachtes Ergebnis einer Aufgabe. Man plant und stellt den Stuhl her (tut mir leid, so plötzlich ein Beispiel einfügen; seien Sie ruhig dann: dies ist ja genau ein Beispiel); das ist die Aufgabe. Der Stuhl wird hergestellt; der ist das Ergebnis. Dieses Ergebnis, vom Versehen der Herstellung des Stuhles hergekommen, bezeichnen Sie das doch Ziel. Sie fragen mich aber noch, "wofür war der Stuhl angefertigt? Wo ist der Zweck?" Ach Freund, in Ihrem Arsch, klar! Wegen Ihres Bedarfs an sitzen wurde der Stuhl hergestellt, lieber federloser Zweibeiner.

Eine didaktische Bemerkung: dieser Gedankengang soll Ihnen sehr einfach mitzudenken sein, wenn Sie mit der mäeutische Lehrensweise bekannt sind. Falls Sie kennen die nicht, es wird noch einfacher sein.

Jetzt, da die Begriffe Zweckes — die Funktion des Ergebnisses der Aufgabe — und Ziels eingesehen sind, die verbleibende Erklärung soll dargelegt werden.

Menschen existieren. Und diese Existenz besteht woraus? Aus Materie. Was beweis die Existenz der Materie? Ihre Fähigkeit auf anderen Materiestücke einzuwirken; ihre Macht etwas zu verändern. Die menschliche Natur besteht aus zwei Zustände: Zufriedenheit und Unzufriedenheit (die andere Paare der gegenüberliegende Zuständen waren nicht nutzbar). Jeder zieht den Ersteren dem Letzteren vor. Die Zufriedenheit kommt auf einem Tier vor — manchmal auf einem Mineral — wenn sein Wille stimmt mit der Welt überein. Die sicherere Weise es zu schaffen, ist die Welt zu verändern. Sie können auch die Probabilität warten, obwohl dies ein langsameres und unvorhersehbareres Vorgehen ist.

Sie, die Zufriedenheit, kommt dann aus der Ausführung einer Aufgabe, solange — und hier fängt dieser Text einigen Sinn zu haben an — diese Aufgabe einen Zweck erreicht. Deren Erreichen ist der Beweis der Existenz des Mensches; der Spiegel seines Daseins nimmt durch seine Händen Gestalt an; eine andere Realität seinetwegen.

Das Leben, das wir führen, ist eine die uns wenige Verantwortlichkeit beauftragt. Man wählt unter einige vorhandene Wege, die uns führt unveränderlich zum gleichen Ziele. Nein, das nicht! Führen wir vielmehr unsere Leben nicht; es führt uns, Fremde führen uns! Das, wofür wir arbeiten, bietet uns keinen Zweck an; unsere Aufgabe füllen die Uhren und leeren die Tagen. Das schrecklich falsch im Leben ist das, was es ist geworden:

Ein zweckloser Ziel.

Ein arschloser Stuhl.


Pietro Borghi

quinta-feira, 9 de junho de 2011

The Ego and the Matter

Translation of this
http://pietroborghi.blogspot.com/2011/06/das-ego-und-die-materie.html.
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There are those who believe that the mind in itself can be perceived. My take on it: sustaining that a mind can attain an immediate knowledge of itself is as absurd as the belief that a certain hammer could smash itself.
The mind is merely a tool. One has the faculty to know, which only makes sense as long as there is something to be known. Were it different, it would mean that the Knower could be in effect his Known, at the same time being Subject and Object. Such thought would then lead to the possibility of a learning experience independent of any object other than the mind — the faculty to know — of which relevance consists however in its relationship to the remainder of objects. With that said, what could the mind learn? That it can learn. But how can it be sure, if it has nothing learned and there is nothing to learn at all? It cannot. Therefore the existence of the mind manifests itself only in relationship to the sensible world, as it is a Knower; as such, it presupposes a Known, which is different than the Knower itself. When one thinks of himself, the Known is not his faculty to know, but his relation to something else, how he interacts with his environment. The mind, itself, is empty.
Think, for example, whether you are morally good or evil. What determines your answer? Whence do you draw it? From experience, from similar occurences you have previously undergone, bearing in mind your behaviour in these. You always need external proof for your statements, even if — and perhaps even more if — such statements are about yourself, for the experience, the matter, is everything that is the case.

The mind, itself, is empty.


Pietro Borghi

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Papel do Pfsô

Escrevi esse texto há uns 5 anos, mas até que não está ruim. E, muito infelizmente, não está defasado. There you go!
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Durante muito tempo os profissionais da educação, cientistas da educação e etc. vêm discutindo “o papel do professor”, “como lidar com alunos assim, com alunos assado, cozido, frito”, “metodologias de ensino para os professores”, “atualização de professores”, “a evolução da escola” e blá-blá-blá. Tudo isso é uma miserável, terrível, incomensurável perda de tempo. Os professores não são o mais importante. Devem parar com essa megalomania de que estão mostrando a luz aos alunos, de que são “o caminho, a verdade e a vida” para os pobres coitados que ainda não são gente. Os alunos não são ratos de laboratório, para testar se os professores são bons ou não. O aluno deve usufruir a escola, e não a escola usar o aluno para conseguir fama e verba dos fundos de educação. Pensam vaidosamente nos alunos como um mero monte de barro que precisa ser moldado para ficar belo e lustroso, aumentando seu preço de venda para o mercado de trabalho — o qual deveria chamar-se mercado de trabalhadores, uma nova forma de escravidão.
Pois infelizmente, como uns punhados de barro são vistos os “estudantes”, que, ironicamente, graças à escola, detestam o estudo. São bem moldados no ensino fundamental e médio para assim garantir o selo de qualidade de uma Unicamp, de uma USP, ou de algum órgão certificado para avaliar os potes de barro. Os pouco promissores, um tanto defeituosos, que sigam seu caminho para um curso técnico ou para uma universidade classe B. Serão os excelentes serviçais das “grandes pessoas” formadas nas grandes universidades.
Se os professores realmente quisessem mudar algo, começariam por eles mesmos. Eu posso ajudar, escrevendo os princípios para um manual do professor, que não deveria se estender muito, ou já começarão a elaborar teorias incompreensíveis e alienadas a partir de regras suficientemente claras. Pois aqui vai:
1. Jamais tratar o aluno como inferior;
2. Jamais se negar a sanar uma dúvida do aluno (a não ser que não saiba a resposta);
3. No caso acima, se não souber a resposta, não invente. Admita que não sabe e ajude o aluno a encontrar a solução;
4. Deixe bem claro que você está à inteira disposição do aluno, assim ele não temerá pedir ajuda e a ser humilde (não confunda com modéstia!).
5. Se não pode ajudar, não atrapalhe. Se o item 4 for cumprido, não há necessidade de ficar se oferecendo ou de dizer ao aluno como se deve fazer.

Em resumo, o professor é o auxiliar do aluno, não a mula teimosa que o carrega nas costas pra onde ela quer. E ser auxiliar não dói, ao contrário de ser mula, pois carregar mais de trinta alunos nas costas, ainda por cima na direção para a qual ninguém quer ir, com certeza causará um terrível problema de coluna.


Pietro Borghi

Das Ego und die Materie

Es gibt diejenige, die glauben, dass der menschliche Geist an sich begriffen werden kann. Mein Gedank darüber: festhalten, dass ein Geist eine unmittelbare Erkenntnis über sich erreichen kann, ist als sinnlos als der Glaube, ein Hammer sich selbst schlagen könnte.
Der Geist ist nur ein Gerät; man hat eine Wissensfähigkeit, die sinnvoll ist nur solange es hat etwas zu erkennen. Wäre es sonst, das hieße der Erkennende als sein Erkannt gelten könnte; Subjekt und Objekt gleichzeitig wäre. Wenn dieses Gerät aber gar nicht weiß, dann diese Gedankengang führt zur Möglichkeit eines Lernens ohne andere Objekte, nur die selbste Wissensfähigkeit, deren Bedeutung besteht jedoch aus ihre Beziehung zum Rest Objekte. Was könnte somit der Geist über sich lernen dann? Dass er lernen kann. Aber wie kann er da gewiss sein, wenn er nichts gelernt hat, und es nichts zu lernen gibt? Er kann nicht. Daher die Existenz des Geistes einleuchtet nur in Beziehung zur sinnlichen Welt, als er ein Erkennende ist; so setzt er ein Erkannt voraus, der verschieden von sich ist. Wann man über sich nachdenkt, der Erkannt ist nicht seine Wissensfähikeit, aber seine Beziehungen zu etwas anderes, wie das Subjekt wechselspielt mit seiner Umgebung. Der Geist ist leer. 
Bedenk mal, z. B., ob du moralisch gut oder böse bist. Was bestimmt deine Antwort? Woraus ziehst es du? Aus der Erfahrung, aus den ähnlichen Ereignissen du zuvor durchlebt hast, berücksichtigend wie du hast benommen. Du brauchst immer äußerlichen Beweis für deine Aussage, selbst wenn — und vielleicht sogar mehr — du über dich selbst sagen sollst, als die Erfahrung, die Materie, ist alles, dass der Fall ist.

Der Geist ist leer.

(Wenn da es gibt etwas falsch geschrieben, korrigiere mich doch bitte)


Pietro Borghi

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tudo que sei é que nada... sabem!

Poesia noturna, 
Sob a trêmula luz que se apaga,
querendo ouvir baixinho
os sussurros reveladores
de vozes incessantes, retumbantes,
ardentes no desejo de atenção.
Isso, atenção.

Cambada de carentes, no coração e no cérebro. Buscam a identificação, o que é natural; e procuram a centelha de semelhança. E se assemelham onde? Bem ali, no traço do qual todos deveriam prescindir. Criticam com a palavra dos mortos, dos desconhecidos mais populares, daqueles que possam conferir a patente mais alta no círculo dos proto-sabidos. Cultuando a dúvida não pela sua utilidade, mas pelo ar blasé, exalando aura de pretensão despretensiosa; quem questiona aparenta mais neurônios que quem responde. E se arrisca menos também.
Não sabem de nada que fuja às sessões de debate infrutíferas em busca da resposta para pergunta nenhuma, ou para o que não sabem perguntar. O discurso floreado é só labirinto do pensamento, sem substância, ornando com ouro a casa demolida. Sem substância. E sem substância seguem, pois vale o esforço. Que esforço? Ninguém vira Messi jogando futebol no videogame. A arte não é plataforma para comunicação frívola; a letra não salva o conceito. Não deve ser abusada, estuprada. Deitam-se com a arte para gozo próprio e lhe devolvem traumas. Inocuamente ferozes, esses meninos e meninas. Perderam os laços com os próprios cérebros e querem emendar às pressas, pois o desprovimento de poderes mais práticos exige uma auto-elevação alternativa.

A tática até serve de improviso — mas só de improviso. Não chega a José Saramago quem reedita Paulo Coelho.


Pietro Borghi